A intensidade dos nefastos fatos políticos
tem desviado nossa atenção de outros sérios problemas que nos afetam
diretamente. É o caso da segurança no Rio de Janeiro, com o aumento da ocorrência
diária de assassinatos, assaltos, roubos, furtos e outros variados tipos de
crimes. E tudo isso demonstra que é por demais precário o número de policiais
para garantir a segurança dos cidadãos cada vez mais sendo impedidos de exercer
o sagrado direito de ir e vir. Ao contrário dos bandidos, as pessoas estão ficando
atrás das grades tal o aparato de segurança que instalam em suas residências, porque
a invasão de relares está cada vez mais sendo uma rotina no dia a dia de cada
um. O governador Pezão vive em Brasília quase implorando do Governo Federal o
envio de tropas do Exército, da Força Nacional de Segurança e da Polícia
Rodoviária Federal;
No entanto, tomamos conhecimento através da
imprensa de que o Governo do Estado dirigido pelo mesmo Pezão cedeu 3.161
policiais, bombeiros e agentes penitenciários para diversos órgãos, onde muitos
deles exercem atividades totalmente diversas das suas atribuições. Somente da Polícia Militar são 2.044 que não irão prender
ninguém. Do
Corpo de Bombeiros, 921 soldados do fogo não estão disponíveis para apagar
algum incêndio. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) está
desfalcada de 71 agentes para atuar nas prisões superlotadas. Existem ainda 125
policiais que não foram informados à imprensa de onde são e onde estão. De todos
os mais de 3 mil policiais, a maioria está na Assembleia Legislativa do Rio de
Janeiro (Alerj), com um deputado tendo mais de 20 à sua disposição. Lembramos
que a Alerj dispõe de uma Polícia Legislativa. Aí estão fatos que mostram com
total clareza a forma como o Estado do Rio vem sendo administrado nos últimos
anos. Isso tem que mudar.
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