A Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo expulsou o estudante de direito Pedro Baleotti, de 25 anos. O jovem apareceu em vídeo durante as eleições de 2018 dizendo que a “negraiada vai morrer”. "Os trâmites institucionais foram cumpridos e o aluno foi expulso, receberá todos os documentos quanto aos créditos cumpridos. A instituição não coaduna com atitudes preconceituosas, discriminatórias e que não respeitam os direitos humanos", afirmou o Mackenzie por meio de nota. Quando o caso veio à tona em outubro, a universidade já havia divulgado outra nota repudiando as “opiniões e atitudes” de Baleotti. O texto também informava sobre a suspensão preventiva do estudante e a abertura de um processo disciplinar para apurar o caso. Os alunos da instituição, no entanto, realizaram protestos à época para pressionar para que o Mackenzie tomasse medidas mais duras e expulsasse o aluno diante da gravidade das acusações. O Ministério Público (MP) de São Paulo pede abertura de inquérito para investigar racismo de universitário. Ainda em outubro, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) indiciou Pedro Baleotii por crime racial. No vídeo, o estudante aparece com uma camiseta de Jair Bolsonaro (PSL) dizendo que está "indo votar ao som de Zezé, armado com faca, pistola, o diabo, louco pra ver um vadio vagabundo com camiseta vermelha e já matar logo, ó, tá vendo essa negraiada (apontando a câmera para uma moto ocupada por duas pessoas), vai morrer, vai morrer, é capitão caralho!". Em depoimento à polícia, o estudante disse que o vídeo foi feito a caminho da votação, em Londrina, seu domicílio eleitoral, e que divulgou essa gravação em um grupo do whatsapp que participava, mas que teria se arrependido e apagado o conteúdo.
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