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18 de janeiro de 2019

Antônio Palocci diz que entregou dinheiro vivo a Lula

O ex-ministro de Fazenda e da Casa Civil dos governos do PT, Antônio Palocci, afirmou em delação premiada na Polícia Federal (PF) que entregou propinas em espécie para o ex-presidente Lula. Ele relatou pelo menos dois episódios aos investigadores, um no Terminal da Aeronáutica, em Brasília, e outro no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em que teria entregado dinheiro vivo da empreiteira Odebrecht em uma caixa de celular e em uma caixa de uísque. Este relato do ex-ministro foi anexado ontem ao inquérito da PF que investiga supostas fraudes na licitação e construção da usina de Belo Monte. Segundo Palocci, os repasses a Lula teriam ocorrido em 2010. O ex-ministro relatou uma conversa que teria tido com Marcelo Odebrecht na qual o empresário acertou o repasse de R$ 15 milhões para o ex-presidente depois que a empreiteira entrou no negócio de Belo Monte. Palocci, que foi alvo da Operação Omertà, desdobramento da Operação Lava Jato em 2016, livrou-se da prisão depois que fechou acordo de delação com a PF. No depoimento de abril do ano passado, Palocci afirmou ter repassado "em oportunidades diversas" cerca de R$ 30 mil, R$ 40 mil, R$ 50 mil e R$ 80 mil em espécie para Lula. Indagado pela PF se tinha testemunhas de suas revelações, Palocci apontou dois motoristas que trabalhavam para ele, na ocasião. Palocci detalhou duas entregas de dinheiro a Lula, uma no Terminal da Aeronáutica, em Brasília, no valor de R$ 50 mil escondidos dentro de uma caixa de celular. A outra entrega teria ocorrido em Congonhas. Ele contou que se recorda que a caminho do aeroporto recebeu constantes chamadas telefônicas de Lula cobrando a entrega.

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