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20 de janeiro de 2019

Bolsonaro escolhe amigos militares para governar

O presidente Jair Bolsonaro prometeu durante a campanha eleitoral que usaria critérios técnicos para nomear seus ministros e auxiliares diretos deles. Logicamente que a maioria seja composta de amigos seus, civis e militares. Não é motivo de desacreditar Bolsonaro pelos erros cometidos por alguns deles, visto muitos não tiveram uma experiência anterior como executivos nas rotinas das áreas de atuação de cada um, o que os levam a cometer atos que precisam ser anulados ou corrigidos, o que, ressalte-se, tem ocorrido. Entre os 22 ministros de Bolsonaro há sete que vieram das Forças Armadas, e ele tem ampliado a presença de militares no segundo e no terceiro escalões. Ao todo, incluindo os ministros, 41 cargos estão ocupados por militares da ativa ou da reserva com poderes decisórios em áreas variadas como defesa, radiodifusão e esporte. O vice-presidente, general Hamilton Mourão, sugere que a presença de militares deva ser estendida a órgãos federais nos Estados, mas que o critério não seja a capacidade para exercício do cargo, independentemente de ser o nomeado civil ou militar. Como não há nem um mês completo de mandato do Bolsonaro, vamos observar com calma até onde o presidente está certo nas escolhas que fez.

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