Até quando vamos
aturar a presença do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF),
na mídia fazendo declarações estapafúrdias com a mais recente atacando o procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, chegando ao ponto de dizer que ele é despreparado
para o exercício do cargo. "Quanto a Janot, eu o considero o procurador-geral mais
desqualificado que já passou pela história da Procuradoria. Porque ele não tem
condições, na verdade não tem preparo jurídico nem emocional para dirigir algum
órgão dessa importância", disse o ministro falastrão, esquecendo
que Janot chegou ao cargo de procurador federal após aprovação em concurso, e
por dois mandatos à presidência da Procuradoria-Geral da República (PGR) por
escolha de seus colegas procuradores, que também foram submetidos e aprovados
em concurso de reconhecida dificuldade. Gilmar Mendes também esquece que chegou
ao STF indicado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, e
depois de submetido a uma sabatina no Senado Federal feita por uma maioria de
senadores totalmente neófitos em Direito. Além de falar demais, o ministro tem
se especializado em soltar criminosos, com José Dirceu, condenado na “Mensalão
do PT”; Roger Abdelmassih, condenado a 278 anos de prisão pela prática de 52
estupros; e Eike Batista, todo encrencado na Operação Lava-Jato. E agora, Gilmar
Mendes não tendo quem soltar resolve “soltar o verbo” em Rodrigo Janot, além de
fazer estranhas reuniões políticas com o presidente Michel Temer tratando de
assuntos sobre os quais deveria manter total neutralidade. Espera-se que a
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) se pronuncie sobre os ataques recebidos por
um dos mais importantes causídicos do país.
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