Ainda permanece na
memória dos cariocas a sensação de segurança sentida com a chegada das tropas
federais determinada pelo presidente Michel Temer sob a alegação de colaboração
do Governo Federal para o combate à criminalidade cujos índices estavam em níveis
insuportáveis. A medida foi anunciada com estardalhaço em dias próximos à
votação e rejeição do parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da
Câmara dos Deputados, que opinava favoravelmente pela aceitação do pedido feito
pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de investigação do chefe do
Executivo Federal, acusado da prática de crime de corrupção passiva. A história
todos nós já sabemos, e dessa vez Michel Temer ficou livre. Quanto à megaoperação
das Forças Armadas, redundou até agora num tremendo fracasso. O ministro da
Defesa Raul Jungmann anunciou com grande cobertura da mídia os números alcançados.
Tudo aconteceu há cerca de dez dias. Sabe-se que a principal causa do insucesso
é o vazamento de informações sobre as operações, cujo primeiro objetivo é a
apreensão de armas – no Rio de Janeiro existem cerca de 15 mil fuzis em mãos de
bandidos, um autêntico exército –, mas os traficantes sabendo com antecedência
onde será a operação cuidam de esconder o arsenal e também de se esconder dos
policiais. O trabalho integrado com militares do Exército, Marinha e Aeronáutica,
Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMERJ) e Polícia Civil está mesmo
destinado ao fracasso a partir do histórico das corporações fluminenses, ainda
impregnadas da presença da famigerada banda podre, ou seja, policiais corruptos
ligados à bandidagem que sob a desculpa de má remuneração (o que infelizmente é
verdade) se deixam corromper para reforçar seu sustento e de suas famílias.
Depois da devastação feita no Estado do Rio de Janeiro pelo ex-governador
Sérgio Cabral e por seu sucessor Luiz Fernando Pezão. Pelo visto, o trabalho
dos militares ainda vai levar um bom tempo para produzir resultados positivos. Enquanto
isso, os fluminenses e os cariocas em particular ainda terão muito que sofrer.
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