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21 de agosto de 2017

Gilmar Mendes não se cansa de fazer e falar coisas fora do normal

Ao que tudo indica o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não se cansa de fazer ou falar coisas fora de sentido logico. Basta vermos o caso de Otacílio de Almeida Monteiro, um dos quatro suspeitos de pagamento de propinas no esquema da Federação das Empresas de Transportes no Rio de Janeiro (Fetranspor), libertado sábado passado por Gilmar Mendes no pacote de habeas corpus dado na véspera a Jacob Barata Filho. É que foram apreendidos em sua casa, quando a Polícia Federal (PF) o prendeu, no âmbito da Operação Ponto Final, R$ 2 milhões e 274 mil em espécie. O dinheiro estava acondicionado, segundo a PF, em uma mala preta grande, numa mala preta pequena, numa mochila azul e numa bolsa preta. Também foram apreendidos US$ 5 mil e 400 e € 7 mil, guardados numa bolsa preta;
O ministro do Gilmar Mendes declarou, durante evento na manhã de hoje, que a Corte tem as "mãos queimadas" por causa de intervenções. Mendes também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao final do evento, o magistrado chegou a ser vaiado por uma parte da plateia que é apoiadora da Operação Lava-Jato. O evento, organizado pelo jornal “Estado de São Paulo”, em parceria com outras entidades como o movimento Vem pra Rua, teve outras ocorrências. Um homem foi detido ao tentar jogar tomates podres no ministro. Não disfarçando uma indireta alusão à Operação Lava-Jato, que ele faz questão de demonstrar se contrário a ela, Gilmar Mendes afirmou: "Eu acho que aprendemos e temos hoje no Supremo as mãos devidamente queimadas com as nossas intervenções. Vamos assumir. Nós não fomos felizes na maioria das nossas intervenções envolvendo o sistema político-eleitoral". Como se recorda, neste final de semana, Gilmar Mendes foi duramente criticado após conceder dois habeas corpus ao empresário Jacob Filho e ao ex-presidente da Fetranspor, Lélis Teixeira.

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