“O modelo político
atual incentiva o pior nas pessoas”. Esta declaração é do ministro Luís Fernando
Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) feita em entrevista a um jornal diário
do Rio de Janeiro na qual defende uma ampla reforma do sistema político do
país, para ele a única saída para atrair “os bons” para a atividade politica,
que surjam novas lideranças. Para o ministro, se o Congresso Nacional alguns
itens que estão sendo discutidos, como a proibição de coligações, já terá
acontecido um bom avanço. Para ele, as características principais da atividade
dos nossos políticos tão logo tomam posse, é começar a campanha em busca da reeleição
quatro anos depois. Um dos motivos para esse alheamento dos cidadãos está na
simples observação do que ocorre atualmente. O presidente Michel Temer foi
denunciado criminalmente por corrupção passiva, um ex-presidente (Lula) foi condenado
criminalmente, e outro ex-chefe do Executivo Federal (Fernando Collor) teve a
denúncia recebida pelo STF. Para uma decepção ainda maior dos eleitores, a
colaboração premiada da empresa Oldebrecht envolveu nada menos que 20 partidos
e mais de 1.500 políticos;
As últimas decisões e
declarações do ministro do STF, Gilmar Mendes, também foram abordadas por Luís
Roberto Barroso, principalmente no que se refere às rusgas com o procurador
Geral da República Rodrigo Janot. Ele acha que o ministro, como qualquer pessoa,
tem todo o direito de opinar. No entanto, está ocorrendo no Brasil uma mudança
junto à opinião pública quanto à prática de corrupção, e para isso em muito
contribuiu e ainda contribui a atuação do Ministério Público Federal (MPF), em
como considerável parcela da Magistratura. No caso de Rodrigo Janot, o ministro
Barroso afirmou que ele faz parte de uma tradição dos procuradores da República
de integridade, de dedicação à causa pública e de enfrentamento à uma elite que
em grande parte se deixou corromper. E destacou: “Ele não participa de pactos de
compadrio que sempre caracterizou a classe dominante brasileira, movida pela
crença de que os ricos não podem ser punidos”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não saia do Blog sem deixar seu comentário