Foi impressionante a forma cínica como o
ex-presidente Lula respondeu ao juiz Sérgio Moro em seu depoimento ao
comandante da Operação Lava-Jato, terça-feira passada em Curitiba, com arrogância
e frieza, desmentindo todas as acusações que eram feitas para uma definição de
mais um processo dos muitos que o líder petista responde. O magistrado focou o interrogatório
nas revelações do ex-ministro de Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff,
principalmente porque o “Italiano” desde antes da eleição de Lula para o seu
primeiro mandato era o petista mais próximo dele, ou seja, havia mais de 30
anos. Com todo este histórico de afinidade e pela confiança que Lula sempre
depositou em Palocci, soou como cinismo o petista sempre afirmar que seu
companheiro estava mentindo quando revelava falcatruas praticadas pelo petista.
Havia uma expectativa de que Lula chegaria ao ponto de dizer a Sérgio Moro que
nunca viu Antônio Palocci e que sequer sabe de quem se trata. Em certos pontos
do depoimento, Lula responsabilizou sua falecida esposa Marisa Letícia, quase
sugerindo irem a um centro espírito para “ouvir” a ex-primeira dama. Ao que
tudo indica, Lula parecia não entender que ele estava sendo julgado, mas aproveitou
a ocasião para julgar todos os que o condenavam. Pudemos concluir que nunca
antes da História deste país um presidente esteve tão cercado de ministros e
apadrinhados corruptos e ladrões e as atividades deles fossem do desconhecimento
do chefe, que coincidentemente era ele. Somente recebeu apoio “desinteressado”
da CUT, de uma parcela do PT, além do “Exército Vermelho de Stédile”. Quanto
aos cidadãos de bem que são maioria do Brasil, estes aguardam uma decisão
imediata da Justiça, e já que não é dono de nenhum imóvel residencial, como
declara, promovendo sua mudança para uma cela de alguma penitenciária.
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