De uns tempos para cá, o Brasil está sempre
proporcionando aos seus cidadãos constantes novidades, muitas vezes em espaço
de poucas horas, principalmente nos assuntos de corrupção e falcatruas de
políticos, e até mesmo de integrantes do Poder Judiciário. Do jeito que as
coisas estão, os cidadãos comuns, por exemplo, vão ficar com medo de usar
mochilas no seu dia a dia e de portar malas para viajar. O que se achou de
dinheiro nos dois tipos de bagagem tão em moda traz medo de tanto ser abordado
pela Polícia ou até mesmo de ser assaltado, principalmente se um ou outro estiver
muito volumoso. Ontem mesmo num apartamento de um bairro nobre em Salvador, imóvel
da família de Geddel Vieira de Lima, ex-ministro do presidente Michel Temer
(Secretaria de Governo), que cumpre prisão domiciliar em Salvador, a Polícia
Federal (PF) apreendeu malas e caixas de papelão com cerca de R$ 52 milhões em
dinheiro vivo (cédulas de 100 e 50 reais), que pelo volume teve de ser
transportado em duas caminhonetes da PF até uma agência bancária para ser
contado em máquinas eletrônicas. A ação fez parte da Operação Tesouro Perdido,
cumprindo mandado de busca e apreensão determinado pelo juiz Vallisney de Souza
Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. O apartamento no Bairro da Graça, na
capital baiana, cedido a Geddel para guardar pertences de seu falecido pai,
onde foi encontrada a “bufunfa”. Os milhões de reais apreendidos em Salvador
representam a de maior volume de todos os tempos ligada a malfeitos de políticos.
Até então, a maior era a que foi feita pela PF em abril de 2002, de poucos mais
de R$ 1 milhão, que eram destinados à campanha de Roseana Sarney, que liderava
pesquisas para a eleição para a Presidência da República, mas que se viu
obrigada a abrir mão da candidatura por causa da repercussão negativa causada
pelo escândalo. Vai aqui um conselho final: não saiam às ruas com malas e
mochilas, porque é perigoso.
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