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27 de fevereiro de 2017

Pesquisa indica que 96% da população quer ver a Lava-Jato indo até o final

Uma pesquisa recente divulgada mostrou que a Operação Lava-Jato tem o apoio da quase totalidade da população. Para 96% dos brasileiros, as investigações devem continuar, custe o que custar. Isso é uma prova de que a Lava-Jato é um sinônimo de combate à corrupção. Já os poderes Executivo e o Legislativo passam por uma crise de confiança. Hoje, tomamos conhecimento de que em três anos de investigação a equipe do juiz Sérgio Moro desvendou mais de R$ 4 bilhões de propinas pagas a políticos e servidores públicos. Teve grana circulando das mais variadas formas: em posto de gasolina, em igrejas e até dentro calcinhas, isso em dinheiro vivo, porque o forte foi através de transferências para paraísos fiscais. Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, recebeu ou intermediou propinas no total de R$ 177,8 milhões, seguido Renato Duque e João Vacari, que em conjunto botaram a mão em R$ 174,4 milhões;

Nessa orgia de dinheiro público, R$ 577,8 milhões foram comprovados em ações já julgadas pela Justiça Federal do Paraná e do Rio de Janeiro, R$ 1,7 bilhão foram apurados em investigações em andamento, e consta que 1,9 bilhão é a importância admitida pela empresa Odebrecht de ser o valor das propinas pagas por subornos apenas no Brasil. No caso da necessidade de manutenção da Operação Lava-Jato há a informação dando conta de que delatores já devolveram R$ 986,2 milhões. E, melhor ainda, os acordos de leniência com empresas envolvidas na operação provocaram a recuperação de R$ 7,1 bilhões, assim distribuídos: Odebrecht e Braskem, R$ 5,3 bilhões: Andrade Gutierrez, R$ 1 bilhão; Camargo Correa, R$ 700 milhões; Rolls-Royce, R$ 81,1 milhões; Grupo Setal Óleo e Gás, R$ 15 milhões; e Carioca Engenharia, R$ 10 milhões. Todo esse dinheiro foi para as mãos de políticos e partidos das mais variadas linhas ideológicas. Então, se o povo vai mesmo sair às ruas no dia 26 de março, que os focos principais sejam a manutenção da Operação Lava-Jato e o fim do foro privilegiado, para que vejamos nas eleições de 2018 novos nomes e que os atuais ladrões do dinheiro público saiam da vida pública e recolham-se à privada (em qualquer sentido).

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