A violência e o radicalismo nunca serão o melhor caminho para se protestar contra algo o alguém, mas às vezes há quem só entenda a reclamação e pare para pensar se os métodos forem violentos e radicais. Em razão disso, foi o que aconteceu com os "argumentos" de policiais militares, policia civis, bombeiros e agentes penitenciários, que invadiram o plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e até subiram na mesa do presidente da Casa, deputado Jorge Picciani, gritando palavras de ordem como "Acabou o amor!", e pedindo o impeachment do governador Luiz Fernando Pezão. Chegaram ao ponto de interditar durante grande parte do dia o trânsito da Rua Primeiro de Março, nas proximidades da Alerj. Numa clara demonstração de apoio aos colegas, policiais do Batalhão de Policiamento de Grandes Eventos (BPGE) nada fizeram para impedir da invasão, que contou também com a colaboração de servidores civis ativos e inativos que lutam contra a ameaça de confisco de 30% de seus vencimentos e pensões;
Não há dúvida sobre os motivos da invasão e da baderna que aconteceu na Alerj: revolta contra muitos anos de corrupção, mordomias e privilégios, ao lado de atos irresponsáveis praticados pelo Executivo e Legislativo estaduais. Por onde anda o ex-governador Sérgio Cabral? Ele é o iniciador de todo esse processo de descalabro nas finanças do Estado. Não é nada justo que o funcionalismo público seja responsabilizado e punido pela péssima gestão financeira. Os culpados são Cabral, Pezão e Dornelles, e têm de ser levados aos tribunais. O alvo principal é realmente Sérgio Cabral, protagonista de episódios como presente de anel de 800 mil reais em Mônaco, pago por empreiteiro envolvido com a Operação Lava-Jato, danças em Paris com guardanapos na cabeça, uso de helicóptero oficial para levá-lo para o Palácio Guanabara, mesmo sendo pertinho de casa, e também para transportar cachorrinho de estimação para passar fim de semana em mansão de luxo na praia de Angra dos Reis. No mais, "Fora, Pezão!".
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