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23 de novembro de 2016

Já tem data marcada a 'conversa' de Renan Calheiros com a Justiça

Parece estar chegando a hora de o político mais repudiado pela maioria da população prestar contas à Justiça. É que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, marcou para o dia 1º dezembro o julgamento sobre a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Se a denúncia for aceita, o parlamentar se tornará réu no Supremo. O relator do processo é o ministro Edson Fachin. Segundo a denúncia, que tramita no STF desde 2013, Renan teria usado o lobista de uma empreiteira para pagar pensão a uma filha que teve fora do casamento. O peemedebista também é acusado de ter adulterado documentos para justificar os pagamentos. Renan nega as acusações. O caso foi revelado em 2007;
A defesa de Renan sustenta que o senador “já esclareceu todos os fatos relativos a esta questão e é o maior interessado no esclarecimento definido do episódio”. Segundo a assessoria de Renan, o parlamentar “foi o autor do pedido de investigação das falsas denúncias em 2007, há quase dez anos. Em fevereiro deste ano, Fachin já havia pautado a ação para julgamento mas, no mesmo mês, foi retirada da pauta depois que a defesa de Renan Calheiros apresentou um recurso alegando a existência de uma falha na tramitação do processo;
Novas emoções vêm por aí. Hoje e amanhã, dezenas de executivos da Odebrecht chegam a Brasília para assinar os acordos de delação premiada no âmbito da Operação Lava-Jato. Em seguida, terá início a fase de depoimentos. Como há um grande número de executivos envolvidos, dezenas de procuradores de diferentes áreas do Ministério Público Federal (MPF) deverão participar. As delações dos executivos da Odebrecht são as mais esperadas da Lava-Jato. Planilha encontrada durante buscas na sede da empreiteira, em fevereiro, durante a 23ª fase da Lava Jato, enumera valores, políticos e até apelidos. Impressiona a quantidade de políticos que aparecem na relação - mais de 200 - dos mais variados partidos, tanto do governo quanto da oposição.

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