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15 de novembro de 2016

Que ninguém duvide, mas Renan é o verdadeiro presidente do Brasil

Em interessante artigo publicado na edição de hoje de 'O Globo', o editor de livros Carlos Andreazza, neto de Mário Andreazza, ministro dos Transportes de três governos militares, começa a chamar a atenção a partir do título: "O presidente Renan, da República". Ele começa seu texto afirmando: "Não há, na República brasileira, medalhão mais poderoso que Renan Calheiros. Verdadeiro mandatário do Brasil, ostensivo mandante no país, afronta o Judiciário, manipula o Legislativo para que se conforme de vez em porão para defesa dos interesses individuais de senadores e deputados, subjuga o Executivo e faz com que o Palácio do Planalto trabalhe para ele". É triste constatar que Carlos Andreazza está coberto de razão. Os superpoderes de Renan são demonstrados diariamente. Antes dele, era o ex-deputado Eduardo Cunha quem exercia o cargo de "presidente real" do Brasil. Sua força ficou comprovada ao iniciar o processo que terminou com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff;

Para não ficar em segundo plano no episódio do afastamento definitivo de Dilma, o super senador formou dupla com o então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) para aplicar a decisão totalmente inconstitucional de fatiamento da sentença final do impeachment que manteve (pelo menos por enquanto) os direitos políticos dela, quando a Constituição não deixa nenhuma dúvida para qualquer leigo ao estabelecer que quando um presidente da República sofre impeachment a pena também é COM A perda dos direitos políticos. Mais uma vez Renan Calheiros exerce seu poder no caso da contraespionagem praticada pela Polícia Legislativa, quando fez com que o foro privilegiado fosse estendido aos policiais e até os imóveis do Senado Federal. Mandou o STF soltar os servidores que haviam sido presos praticando o crime;

Outro fato que causa estranheza é ser o poderoso senador alagoano beneficiado por uma decisão do Supremo sobre o impedimento de alguém da linha sucessória que seja réu em algum tipo de processo possa assumir a Presidência da República em caso de impedimento ou vacância. Renan está isento, porque não é réu em nenhuma das 11 ações de investigação relativas à Operação Lava-Jato que tramitam contra ele, das quais oito estão a cargo do STF. Finalmente, o real presidente do Brasil trabalha com afinco para aprovar um projeto que estabelece um esdrúxulo abuso de autoridade, que beneficiaria cerca de um terço do Congresso Nacional, não nos esquecendo das manobras para limpar dinheiro sujo da maioria deles utilizado como Caixa 2 de suas campanhas. Vai aqui um recado para os vivem gritando "Fora, Temer!". Caso o atual presidente caia, Renan Calheiros será nosso presidente de fato e de direito.

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