Praticamente todos os dias tem notícia sobre o ex-governador do Rio de Janeiro , Sérgio Cabral. A mais recente informa que ele e Carlos Emanuel Miranda, seu ex-operador, brigaram na semana passada na cadeia em Bangu 8, logo após o Carnaval. Os dois foram apartados pela "turma do deixa disso", e não chegou a acontecer uma pancadaria. O motivo da troca de socos entre os dois teria sido uma divergência sobre a delação conjunta que Cabral tenta alinhavar. É que Miranda teria a intenção de entregar figuras importantes do Poder Legislativo do Rio de Janeiro, com o que Cabral não concorda. Segundo relatos, Carlos Miranda, que é casado com uma prima do ex-governador, foi o intermediário no recebimento de propina da Andrade Gutierrez nas obras da reforma do Maracanã para a Copa de 2014, do Arco Metropolitano e do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj). Cabral, que é acusado de ter recebido R$ 2,7 milhões em dinheiro;
Considerado como homem de confiança de Cabral, Miranda foi sócio de Maurício, irmão de Cabral, na LRG Consultoria e Participações Ltda, em 1999, e também fundou com o ex-governador a SCF Comunicações, em 2003. A primeira aparição de Miranda nas investigações da Polícia Federal (PF) aconteceu em 2008, no segundo ano do governo de Sérgio Cabral. Ele surgiu na Operação Castelo de Areia , que investigava a Camargo Corrêa. No relatório da PF, havia uma menção ao pagamento de R$ 177.520 mensais ao ex-governador. O acerto teria sido negociado por Wilson Carlos Carvalho, secretário de Governo naquele período. Segundo agentes da PF, Miranda era quem transitava com as malas de dinheiro do esquema. Na contabilidade apreendida pela PF, na época, com o operador Kurt Paul Pickel, ele era identificado pelo apelido de "Avestruz". O ex-governador teria recebido propina até em euros, de acordo com depoimentos prestados nesta terça-feira na Justiça Federal do Paraná. O pagamento na moeda europeia teria sido feito apenas uma vez, com notas de 500 euros, e o entregue num envelope a Carlos Miranda, homem de confiança de Cabral, de acordo com o depoimento de Alberto Quintaes, na época diretor-superintendente da Andrade Gutierrez no Rio de Janeiro. Por enquanto, é mais essa, mas o dia ainda não acabou.
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