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8 de dezembro de 2015

Ser ou não ser (falso) negro, eis a questão

  • Com o caldeirão político fervendo em Brasília, um outro assunto está sendo focalizado pela mídia, os casos de pessoas de pele branca se declarando como sendo negras para conseguir o benefício de cotas em concurso público. Já em 2013 um candidato a uma vaga no Instituto Rio Brando, que forma futuros diplomatas, foi aprovado, deixando de fora um verdadeiro negro que obtivera nota superior. Isso era facilitado pela redação do edital do concurso, que estabelecia que bastava o candidato declarar-se afrodescendente. Agora, o problema ressurgiu no mesmo concurso por causa de cinco candidatos de pele clara que se declararam como sendo negros e foram aprovados. O Ministério Público (MP) tenta impedir que eles tomem posse
  • Conheci um médico negro, Aloísio Madalena, com uma filha que almejava seguir a carreira do pai. Ela fez nada menos que oito vestibulares, mas sempre se negando a usufruir do sistema de cotas. Ela sempre quis passar por seus próprios méritos, pelas notas obtidas. Por sete vezes ficou de fora vendo candidatos com notas abaixo da sua ingressando em faculdades de Medicina. Na oitava tentativa, ela passou para uma faculdade federal, em primeiro lugar, Agora, caminha para seguir a carreira do pai, que ficou certamente cheio de orgulho;
  • Hoje, no Itamaraty, há um controle por parte Comitê Gestor de Gênero e Raça (CGGR), composto por sete diplomatas, perante o qual o candidato que se declarar afrodescendente assinará documento declarando a cor de sua pele. No caso dos cinco investigados pelo MP, eles poderão, além da perda da vaga, responder a processo criminal, visto que os procuradores vasculharam as redes sociais e já sabem que são os falsos negros. Esse sistema de cotas deveria somente existir para casos de candidatos pobres e para vagas em faculdades públicas.

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