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16 de dezembro de 2015

Ministro do STF faz o jogo do Governo e protege Renan

  • Parece não haver uma justificativa que explique por quê o ministro Teori Zavascki autorizou a ação de busca e apreensão em imóveis residenciais, escritório e até no gabinete do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, quando celulares, notebooks e documentos foram apreendidos e que não tenha permitido que a mesma coisa fosse feita com o presidente do Senado, Renan Calheiros, quando todo mundo sabe que os dois estão sendo investigados por delitos totalmente semelhantes. Na residência do deputado, até almofadas de poltronas foram levantadas pelos agentes da Polícia Federal (PF) na procura de alguma coisa que pudesse servir de esclarecimento aos procuradores da Operação Catilinárias;
  • Até o mais leigo em matéria política entende as razões do ministro Zavascki. Por pura 'coincidência', o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, teve ontem uma conversa particular com o magistrado. Em seguida, o presidente do Senado se livrou do problema. O noticiário tem mostrado que Renan Calheiros passou a fazer parte daqueles que defendem o mandato da presidente Dilma, não por ser contrário ao impeachment, mas para garantir que a bancada da base aliada do Governo, em troca, não permita que seu (dele) mandato seja cassado. É o velho ditado "uma mão lava a outra";
  • O meio de campo da política está todo embolado, utilizando-se uma linguagem do futebol. O ministro do STF, Luiz Edson Fachin, reconheceu, no voto que distribuiu aos colegas a legitimidade da votação secreta realizada pela Câmara dos Deputados para escolher a comissão que primeiro analisará o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Os aliados de Dilma haviam recorrido ao STF para que a votação fosse derrubada, alegando que houve irregularidades no rito. O governo preferia que a eleição fosse aberta. Após o PCdoB ingressar com uma ação questionando o trâmite do impeachment, Fachin paralisou o andamento do processo de impeachment;
  • O voto de Fachin ainda terá que passar pelo crivo dos outros dez magistrados da Corte e ainda pode ser modificado –o próprio ministro pode mudar de opinião. A sessão está prevista para começar às 14 horas, pela leitura do relatório da ação. Em seguida, será aberto prazo de 15 minutos para que cada uma das partes do processo, incluindo a Câmara, o Senado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a presidente Dilma Rousseff, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), possa se manifestar. O PT, PSDB, DEM, PSOL, a Rede, o PP e a União Nacional dos Estudantes (UNE) terão que dividir uma hora para sustentação oral. Como se vê, assunto é o que não vau faltar. Quanto ao povo, é só pagar os altos preços da ceia de Natal, provocados pela má administração, além de assistir uma grande quantidade de políticos 'fichas-sujas' lutando pelos seus mandatos. E o povo que se dane.

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