Por causa da intervenção militar na segurança do Rio de
Janeiro, há discussões jurídicas, ideológicas e técnicas sobre ela. Com exceção
dos opositores ao presidente Michel Temer, mesmo entre os que se declaram
contrários com os mais variados detalhes técnicos, a maioria concorda que
alguma medida tinha de ser tomada com bastante urgência. Entre opositores e
apoiadores do Governo há quem ache que Temer queira aproveitar a intervenção para
melhorar sua imagem, que há pouco tempo tinha o maior índice de rejeição junto
à população já registrado na História do país. Mas, com objetivo político ou
não, é impossível deixar de fazer rigorosas críticas aos últimos governantes do
Estado, em especial depois de ver hoje na TV imagens de quartéis da Polícia
Militar (PM) com dezenas de viaturas sucateadas - aparece até um carro blindado
sem nenhuma condição de uso -, com muitos deles enferrujados e sem motor.
Também causa revolta saber o volume de verbas utilizadas no setor: quase zero.
Não há como deixar de criticar os ex-governadores Garotinho, Rosinha, Benedita
e o atual, Pezão, por tudo o que ocorre exatamente por falta de recursos dos
policiais. Há uma gritante diferença no armamento com os bandidos em
incontestável nível de superioridade. Dos 6.685 veículos da frota da PM, 3.323
estão em serviço, ou seja, a metade. O general interventor já suspendeu a
cessão de policiais para outros órgãos e está providenciando o retorno de 3.113
policiais militares, policiais civis, bombeiros e agentes penitenciários
distribuídos em vários locais onde não deveriam estar. Por fim, há também um
déficit no quadro geral de policiais, razão pela qual será brevemente um
concurso público para compor o quadro de pessoal necessário.
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