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3 de março de 2016

Dilma entrega obra eleitoreira e Maricá fica debaixo de água

Podemos ter a certeza de que foi orientação de João Santana, marqueteiro e conselheiro político da presidente Dilma Rousseff. No final do ano passado ela se apressou em fazer uma festa de inauguração do condomínio Carlos Marighella - olhem bem de quem é o nome do conjunto residencial -, obra do programa Minha Casa Minha Vida, no distrito de Itaipuaçu, em Maricá, cidade cujo prefeito é Washington Quaquá, do PT, que também é presidente diretório estadual do partido. Não é coincidência que a obra tenha sido inaugurada às pressas para prestigiar o prefeito companheiro com vistas às eleições municipais de outubro. Nessa pressa de ter uma "agenda positiva", entregam-se obras sem os devidos cuidados técnicos;

Em razão disso, das 1.472 entregues, 700 foram invadidas pelas águas das fortes chuvas da última segunda-feira, ou seja, quase metade dos imóveis. As residências ficam no andar térreo dos prédios e a água chegaram a atingir um metro e meio de altura. Ontem, as águas baixaram para 70 centímetros, mas os moradores estão desabrigados ou desalojados. As obras do condomínio custaram ao Governo Federal R$ 92,7 milhões, que vai ter que gastar mais um pouco para recuperar os imóveis e indenizar seus titulares, que perderam fogão, geladeira, camas e roupas. O terreno, que fica a 18 quilômetros da Lagoa da Barra de Maricá, foi cedido pela prefeitura;

A obra entregue antes da hora com objetivos eleitoreiros provocou um sério atrito entre o governador Pezão e o prefeito Quaquá, que acusa o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) de descaso por não ter feito obras de limpeza dos canais que cortam a cidade, o que causou o alagamento. O Inea não deu autorização para a prefeitura abrir um canal ligando a lagoa ao mar facilitando o escoamento das águas. O prefeito diz que há dois anos vem pedindo ao Inea a liberação das obras, mas o órgão só respondia que estava avaliando. Como sempre ocorre, o Inea afirma que não recebeu qualquer solicitação formal da prefeitura e que espera receber o pedido. Isso quer dizer que para solucionar o problema que afetou mais de 7 mil famílias falta apenas uma folha de papel? Esse é o modelo petista de governar.

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