Se há algo que não falta no Brasil são os
escândalos quase diários proporcionados pelos políticos. Com a
sequência de escândalos que assola o país, o Congresso corre o risco de entrar
em um processo de desmoralização total, o que pode fazer provocar uma
campanha tipo "Diretas já", mas não só para presidente, como o PT
jogou no ar, mas em todos os níveis. Isso quer dizer para todos os cargos
eletivos em busca de uma ampla e retumbante renovação. O Brasil não pode
ter o direito de acreditar num Congresso que expõe suas feridas de forma
explícita mais uma vez, exatamente quando nomes de até então líderes que sempre
foram muito fortes junto à opinião pública. Neste processo, o que passa a
correr risco é a própria democracia. Daí para a desordem total o passo é muito
curto;
Por tudo
isso, mais do que nunca é fundamental a
presença e a atuação de líderes políticos como o deputado Miro Teixeira
(Rede-RJ) que, na noite de segunda-feira passada, na calada da noite,
protagonizou uma reação contra a proposta de votação na Câmara dos Deputados de
um projeto que, na prática, abria a porta para livrar da punição políticos que
cometeram crime de "Caixa 2". Após seu discurso e a adesão de outros
deputados, a votação acabou suspensa. Num total desrespeito ao eleitor, alguns
parlamentares tentaram enfiar um "contrabando" na pauta que discutia
a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), tentando votar uma das propostas do
projeto de lei de iniciativa popular, que obteve a assinatura de mais de 2
milhões de eleitores, com dez medidas de combate à corrupção propostas pelo
Ministério Público Federal (MPF);
Do jeito que
tramitava, o projeto intruso na pauta promoveria uma anistia a parlamentares e
outro políticos sem mandato que tiveram suas campanhas financiadas com recursos
"por fora" não declarados à Justiça Eleitoral. Nem atentaram para a declaração
da ministra Carmem Lúcia proferida no julgamento do ‘Mensalão do PT’", que
disse: "Caixa dois é crime, caixa dois é uma agressão à sociedade
brasileira. A manobra abortada comprova que a quase totalidade dos nossos
parlamentares só pensa neles mesmos. Quanto à sociedade, "que se
lixe". Aliás, foi Miro Teixeira quem denunciou , em setembro de 2004, o escândalo do “Mensalão
do PT, que culminou num dos mais emblemáticos e importantes julgamentos da
história do país O país quer e precisa de um Congresso com políticos
iguais a esse e a outros da mesma categoria”.
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