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10 de janeiro de 2017

Comportamento do Judiciário e do Legislativo é algo totalmente surreal

Surreal é uma expressão que está sendo muito utilizada nos últimos tempos. Nos dicionários é definida como "algo contraditório, e que transcende a realidade". Na maioria das vezes, o termo está sendo aplicado corretamente. Enquanto o noticiário estressa a cidadão com informações sobre a enorme quantidade mortos nas cadeias, desemprego de mais de 12 milhões de brasileiros, Justiça lenta com milhares de processos esperando julgamento - há um grande percentual de presos que não deveriam estar atrás das grades por já haverem cumprido suas penas -, recessão econômica, inflação descontrolada e crescente, funcionários públicos sem receber salários há vários meses, acontece o comportamento verdadeiramente surreal de muita gente que deveria estar agindo de modo totalmente contrário ao que deveriam estar fazendo;

O Poder Judiciário, que tem direito a dois meses de férias e o salário-teto do funcionalismo (vamos esquecer os acréscimos e as mordomias), ao invés de tomar decisões urgentes principalmente em relação aos casos que lhes digam respeito, e que são quase que diários. No Supremo Tribunal Federal (STF), todos os ministros entram em recesso e um plantonista fica disponível para os casos urgentes. No momento, o plantão cabe à presidente do STF, Cármem Lúcia, que pelo senso de responsabilidade que tem está atuando quase 24 horas por dia nos sete dias da semana. O que dizer,então do Poder Legislativo? Também com altos salários e mordomias, senadores e deputados federais parecem não sofrer nenhum tipo de estresse e estão pelo mundo gozando mais um mês de férias, quando o Brasil está na dependência de discussão e votação de projetos de elevado interesse dos cidadãos. Tudo isso é mais uma comprovação de que nossas autoridades pouco se importam com o povo. Nossa resposta será nas eleições de 2018. É só não esquecer.

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