A cada dia que passa, os servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro ficam mais revoltados principalmente com o ex-governador Sérgio Cabral. Durante a coletiva de imprensa na manhã de hoje, a equipe responsável pela Operação Eficiência, que tem como principal alvo o empresário Eike Batista, afirmou que ainda não é possível identificar o montante do dinheiro arrecadado de forma ilícita por Cabral. “O patrimônio dos membros da organização criminosa chefiada pelo senhor Sérgio Cabral é um oceano ainda não completamente mapeado”, disse o procurador da República Leonardo Cardoso de Freitas. A operação identificou a remessa de US$ 100 milhões para contas no exterior em favor de Sérgio Cabral e seus operadores de propinas. “Eu diria que esses US$ 100 milhões é algo além do inimaginável”, disse o procurador;
Em nova fase das investigações sobre a organização criminosa liderada pelo ex-governador, o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro pediu à Justiça a decretação de nove prisões preventivas (por tempo indeterminado), quatro conduções coercitivas e o cumprimento de buscas e apreensões. Os mandados, expedidos pelo juiz Marcelo Bretas 7ª, Vara Federal Criminal/RJ, estão sendo cumpridos pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira na Operação Eficiência (desdobramento da Calicute). Foram ordenadas as prisões do empresário Eike Batista e do advogado Flávio Godinho. Cabral e outros dois réus já presos pela Operação Calicute – seus ex-assessores Carlos Miranda e o ex-secretário de governo Wilson Carlos – tiveram novas prisões decretadas. O juiz afirmou em seu despacho que autorizou a deflagração da Operação Eficiência, que o ‘custo-corrupção’ levou o Rio ao estado de calamidade. O magistrado destacou que a organização criminosa supostamente liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral "teria atuado por vários anos na intimidade do Governo do Estado".
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