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9 de julho de 2018

Fraveto chuta, Moro rebate 3 vezes e Lula não sai

Sem jogos da Copa do Mundo, este domingo teve um outro tipo de emoção. Um desembargador de plantão no Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4), Rogério Fraveto, resolveu sair da melancolia e passou a distribuir habeas corpus determinando à Polícia Federal (PF) a soltura imediata do ex-presidente Lula, atendendo a de três deputados federais do PT que são advogados, Paulo Teixeira (SP), Paulo Pimenta (RS) e Wadih Damus (RJ). Como se fosse um goleiro, o juiz Sérgio Moro recusou-se a atender a ordem de Fraveto, sempre com a justificativa de que o desembargador não tinha competência para determinar a soltura de Lula. A partir do segundo habeas corpus, Fraveto ameaçou Moro de ser enquadrado em caso de indisciplina. O juiz comandante da Operação Lava-Jato pediu ajuda à sua defesa. O primeiro "zagueiro" a se pronunciar o desembargador João Gebran Neto, relator da Lava-Jato no TRF-4, que por sua vez pediu ajuda ao "zagueiro" capitão da equipe, desembargador Thompson Flores, presidente do TRF-4, que rebateu com a seguinte afirmação: "Determino o retorno dos autos a João Gebran Neto e a manutenção da decisão por ele proferida", ou seja, Lula não sai da prisão. Além da irregularidade de a petição não ter procuração do interessado, acrescente-se o fato de que Fraveto tem um histórico que explica sua sofreguidão de soltar Lula. Ele foi filiado ao PT de 1991 a 2010. O magistrado trabalhou na Presidência da República durante o segundo mandato de Lula e chegou ao cargo por indicação da ex-presidente Dilma em 2011. Como se vê, o ministro Gilmar Mendes está fazendo escola, mas vez não deu. Segue o jogo, com os aplausos para o juiz Sérgio Moro.

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