"Afinal, quem sou eu?"
- Com esse título, a seção de cartas dos leitores de um jornal de hoje destaca a do leitor Renato Murad, de Santana do Paranaíba (SP). Convém que seja lida, porque é um retrato fiel de algo que ocorre no Brasil:
- "Não sou negro, homossexual, sem-terra, nem índio. Não recebo e nunca recebi bolsa de qualquer tipo ou cotas facilitadoras. Não faço parte de nenhuma minoria prejudicada por uma sociedade hostil. Não fumo crack, não sou presidiário, nem corrupto, nem corruptor. Não sou funcionário público, jamais trabalhei na Petrobras ou em comissões do governo. Não sou político que recebe salário abusivo para desenvolver pouco trabalho aproveitável. Enfim, não estou envolvido com grupos ou movimentos que exigem atenção diferenciada do governo, que os agracia sempre por razões estritamente políticas, distribuindo dinheiro público. Quem sou eu? Alguém que foi a luta, cursou universidade pública, trabalhou 39 anos sem interrupção contribuindo para a construção do país, formando às próprias custas filhos, buscando honrar os princípios de ética e moral que devem reger os rumos de qualquer família decente. Não creio que mereço o desprezo sistemático demonstrado pela presidente Dilma. Sou só um aposentado a mais que não faz jus nem ao mínimo respeito por parte de nossas autoridades constituídas.";
- Aí está um desabafo de uma das muitas vítimas da insensibilidade do Governo de Dilma Rousseff, muito mais preocupada em blindar seus aliados flagrados pela Operação Lava-Jato nos casos de propinas com desvio de dinheiro da Petrobras, com suspeitas de utilização em campanhas eleitorais.
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