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19 de outubro de 2011

Renúncia coletiva, uma solução

Desvio terá sido só um pouquinho?
Com o título acima, o comentarista político Carlos Chagas publica hoje sugestivo artigo no site do jornalista Claudio Humberto, que tem muito a ver com o último escândalo surgido no âmbito do Governo Federal, com mais um ministro de Dilma Rousseff sendo acusado de 'malfeito', como ela denomina, que nada mais é do que acusação prestes a ser comprovada - o acusador afirma ter gravações comprometedoras - de mais um desvio de dinheiro público em benefício um partido político, no caso o PC do B, e de alguns militantes privilegiados, como o ministro do Esporte, Orlando Silva:

Na dependência do que vier a acontecer nos Esportes, ganhará corpo na Esplanada dos Ministérios uma proposta tão singular quanto  elogiável: por que todos os ministros, num gesto forma, não colocam seus cargos à disposição da presidente Dilma Rousseff? Se ela já deu sinais de promover  no começo do próximo ano  uma recomposição da equipe, melhor fariam seus ministros antecipando-se. Claro que não haverá uma substituição integral do ministério, é possível, até, que a maioria dos 38 ministros permaneça, mas a iniciativa engrandeceria todo mundo, se unânime.

Alguns  recalcitrantes poderão  alegar que seus cargos sempre estiveram à disposição da presidente, o que é verdade, mas,  sem dúvida, a renúncia coletiva teria o efeito de evitar constrangimentos. Deixaria Dilma mais confortável para livrar-se de uns tantos ministros que não escolheu,  engolidos como indicação dos partidos e do ex-presidente Lula.

Quanto aos novos, é evidente que serão objeto de sugestões da base partidária do governo,  ainda que de forma bem diferente da formação do primeiro ministério. Seria a oportunidade de a presidente selecionar opções com base nas duas exigências que não conseguiu concretizar quando de sua posse: probidade e capacidade.

Por enquanto a renúncia coletiva é apenas uma ideia, mesmo vista de soslaio precisamente pelos que temem ser substituídos. Poderá prosperar, em especial se o ministro Orlando Silva não se aguentar, na hipótese de surgirem novas denúncias e acusações contra ele.

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