Vão ter que se explicar |
As denúncias contra ministros de Dilma Rousseff não
param de explodir na imprensa. Não seria nenhuma novidade em se tratando de
políticos brasileiros, historicamente conhecidos com sempre tendo mão grande
para atacar dinheiro público, com raríssimas exceções. Hoje o site do jornal
'O
Estado de São Paulo' informa que um acordo para demissão da
ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, da diretoria financeira de
Itaipu Binacional rendeu um bom dinheiro a Gleisi. O 'Estadão' informa que ao
conseguir ser "demitida" de um cargo público, recebeu pelo
menos R$ 145 mil. em 29 de março de 2006, ela foi "exonerada" do cargo.
Só que a ministra saiu da função na época porque quis: ela saiu candidata ao
Senado naquele ano, mas não foi eleita;
Isso foi possível através de um acordo com o comando de
Itaipu, segundo o qual a hoje ministra trocou a "exoneração a
pedido", o que de fato ocorreu, pela "exoneração", ou seja,
demissão. Em razão disso, recebeu, além de férias proporcionais, entre outros,
os 40% de indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS), além de poder sacar o próprio FGTS. A exoneração de Itaipu foi
publicada no Diário Oficial da União no dia 29 de março de 2006, dois dias antes do
prazo final de desincompatibilização;
O mesmo 'Estadão'
também fala do suposto envolvimento do marido de Gleisi Hoffman, o ministro das
Comunicações, Paulo Bernardo, com um empreiteiro preocupa o Planalto, que abriu
uma oportunidade para a oposição convidá-lo para prestar esclarecimentos
na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara. No entanto, uma tropa de
petistas foi escalada para blindar o ministro. No Senado, a oposição taambém
manteve a ofensiva e o PSDB apresentou à Comissão de Fiscalização e Controle do
Senado um requerimento de convite a Bernardo;
O ministro das Comunicações voltou a negar que houve troca de
favores com empresários do Paraná responsáveis por obras do governo no Estado
quando ele ainda era titular do Ministério do Planejamento, mas admitiu
conhecer os sócios da empreiteira Sanches e Tripoloni e ter pegado caronas em
aviões alugados no ano passado pela campanha da ministra Gleisi Hoffmann, ao
Senado. O ministro, porém, manteve a versão de que não sabia quem eram os
proprietários das aeronaves;
Mais um que entra para o quadro de envolvidos em problemas
pelo menos morais que adotam a tática disseminada por Lula, por ocasião do
Mensalão do PT, de alegar sempre com famoso "Eu não Sabia". Já a
ministra, no caso da Itaipu, conseguiu um bom reforço da empresa para suas
despesas de campanha, de modo nada 'republicano', como outros que vêm sendo divulgados quase que diariamente. Qual será a próxima descoberta a ser divulgada pela
imprensa?
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