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24 de agosto de 2016

Falta uma carta de Dilma pedindo desculpas ao povo

A quase ex-presidente Dilma e seus companheiros passaram durante o tempo em que o processo do impeachment dela acusando o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) de terem aplicado um golpe contra ela. Agora Dilma escreve uma carta aos senadores propondo a realização de um plebiscito visando à convocação de eleições em outubro, junto com as eleições municipais, para escolha de novos presidente e vice-presidente da República. Ela faz isso exatamente às vésperas da decisão do Senado Federal sobre seu afastamento definitivo de titular da Presidência da República. Não parece uma medida inteligente, pois o plebiscito que ela propõe, além de não estar previsto na Constituição, sua tramitação normal só terminaria no final do ano, quando o Congresso entra em recesso. Dessa forma, por entrar na segunda metade do mandato presidencial, a eleição seria indireta. Como as previsões indicam que Dilma será afastada com os votos de mais de 60 senadores, não haverá chance, por exemplo, de Lula concorrer (que já anda em baixa junto ao eleitorado), é lógico que essa mesma maioria elegerá presidente e vice dentre os integrantes do governo em exercício;

Certamente, os 59 senadores que afastaram Dilma entenderão que tomaram a decisão que agradou a população, pois com a administração do presidente Temer, apesar dos erros houve alguma melhora na economia. O povo espera, então, que os senadores tenham bom senso e mantenham seus votos, ao lado de outros que já se manifestaram arrependidos de de votado a favor dela. Aliás, Dilma Rousseff deveria fazer uma carta dirigida à população, particularmente aos seus 4 milhões de eleitores, pedindo desculpas por não ter cumprido integralmente as promessas de campanha e ainda por ter patrocinado por conivência um verdadeiro assalto à Petrobras. Chega de discursos repetitivos feitos pela sua "tropa de choque" (Lindbergh Farias, Vanessa Grazziotim, Gleisi Hoffman, José Eduardo Cardozo e outros). O povo está cansado de tanto palavreado que só serve para adiar a conclusão de um assunto, pois o resultado final já é do conhecimento: "Tchau, querida!".

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