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4 de maio de 2015

Pena de morte e redução da maioridade são temas polêmicos

  • Dois assuntos têm dominado as discussões nos últimos dias, que são a pena de morte e a redução da maioridade penal. Os dois temas dividem as opiniões, de modo equilibrado. Do jeito como nossas polícias são competentes e eficientes na apuração de crimes, haveria grande possibilidade de inocentes serem condenados à morte;
  • Quanto à redução da idade em que um jovem possa ser responsabilizado por algum crime que tenha cometido, de 18 para 16 anos, há também grande diferença de opiniões. Há uma que preconiza o modelo adotado em alguns países, que não olham para a idade de quem comete um homicídio, por exemplo. Dependendo do estado, um menino pode ser condenado à morte;
  • Outros preferem que fique tudo como está, alegando que um jovem sendo preso acaba indo fazer curso de prática de crime ao conviver na cadeia com grandes 'professores' de bandidagem. Não deixam de ter razão. Nossos presídios não servem para recuperar ninguém. Ao contrário, pela forma como são tratados, tornam-se em pessoas revoltadas e ao sair do xadrez voltam a praticar mais crimes;
  • Qual seria a melhor forma de não deixar de se punir um assassinato, por exemplo, mas não levar um adolescente para conviver com criminosos de elevado grau de periculosidade? Entendemos que não há porque prender um adolescente que pratica pequenos roubos ou furtos, mas também não dá para que se deixe levar vida normal um jovem que tenha cometido um assassinato. Ele tem que ser preso, mas nunca em companhia de assassinos profissionais;
  • Para os jovens seria necessário haver presídios adequados para eles, dispondo de atividades próprias para recuperação, visando em primeiro plano sua recuperação e posterior entrada no mercado de trabalho. Mas tudo isso é extremamente difícil, em um país que não investe na construção de presídios e até contingencia verbas para o setor de segurança. Sendo assim, não reaja quando um jovem lhe apontar uma arma. Entregue o que ele quer. E continue vivendo.

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