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Dos prováveis quatro novos partidos, três já estão mais adiantados que o de Marina: no dia 24 de maio, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) protocolou no TSE seu pedido de registro, legenda que havia sido fundada em janeiro de 2010, mas que só agora solicitou seu registro; em dia 5 de março, o Partido Liberal Brasileiro (PLB) também solicitou o registro de seu estatuto, mas, como faltam documentos, o processo está parado; e o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, também espera o registro de sua legenda, o Partido da Solidariedade. Para criar um partido político no Brasil, a legislação exige a assinatura de 101 fundadores, distribuídos em pelo menos nove estados, ou seja, 1/3 do total, incluindo o Distrito Federal. Depois, os dirigentes provisórios registram o estatuto num cartório cível em Brasília e publicam o estatuto no Diário Oficial da União. Muito fácil para muitos, portanto;
Pela lógica, um partido político deveria ser criado a partir de alguma ideologia e de um programa que, se cumprido, representasse seus viés ideológico. Mas aqui no Brasil muitas vezes, na maioria dos casos, mesmo, as legendas são criadas para serem 'vendidas' a outros partidos ou a líderes políticos. E tem uma 'mercadoria' principal a ser negociada: o tempo de TV e rádio para a propaganda partidária, principalmente em ano de eleições. O maior exemplo está no Solidariedade, pois segundo foi divulgado há poucos dias, Paulinho da Força está trocando um determinado número de deputados federais por apoio a candidatos a governador, já tendo praticamente garantido 30 deputados em sua bancada na Câmara dos Deputados, sem ainda ter passado pelo testa das urnas;
O Partido Ecológico Nacional, o PEN, já ofereceu sua legenda à ex-senadora Marina Silva, caso ela não consiga registrar sua legenda a tempo de concorrer por ele nas eleições presidenciais de 2014, pois além da afinidade ideológica que ela tem com os temos ecológicos, o pequeno tempo de TV e rádio do PEN não seria problema, pois em 2010 Marina só tinha pouco mais de 1 minuto e mesmo assim ultrapassou os 20 milhões de votos, provocando um segundo turno entre Dilma e José Serra. E o pior exemplo fica com a histórica e inimaginável foto do ex-presidente Lula abraçando Paulo Maluf, deputado procurado pela Interpol no mundo inteiro, porque esse lhe arranjou 1 minuto e meio de seu partido, o PP, para ser somado ao tempo de propaganda de seu candidato a prefeito de São Paulo;
Talvez algum dia os partidos políticos seja coisa séria. Por enquanto, servem de moeda de troca, onde o maior exemplo está exatamente no maior de todos, o PMDB, que há várias décadas sequer lança candidato à Presidência da República. Prefere formar grandes bancadas na Câmara e no Senado e depois, em troca de alguns ministérios com bilhões de reais em seus orçamentos, garante ao presidente de plantão a tão malaadada governabilidade compondo a sua famigerada 'base aliada'.
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