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30 de novembro de 2017

Alguém procura um hospital para morrer de fome?

De todas as notícias absurdas de que tomamos conhecimento diariamente, a de maior impacto foi a que nos dava conhecimento de que num dos maiores hispidais públicos do Rio de Janeiro, o Rocha Faria, no bairro de Campo Grande, não teve ontem nenhum tipo de alimento para pacientes, médicos de plantão e funcionários de, que ficaram sem café da manhã, almoço e jantar. A razão, como sempre, foi a falta de pagamento às empresas que fornecem gêneros de alimentação. Uma reportagem de TV mostrou o restaurante totalmente fechado e as prateleiras da dispensa totalmente vazias. Isso significa que uma pessoa que está doente vai ao Rocha Faria para uma consulta e tratamento. Caso haja material – o que também está sendo raro nos hospitais públicos – ele é curado, mas corre o risco de morrer por inanição. Temos que destacar o fato de que há funcionários do Rocha Faria que estão com salários atrasados há até quatro meses, mas que mesmo assim comparecem ao trabalho por amor ao que fazem. Parentes dos internos compram remédios e materiais com o próprio dinheiro porque os fornecedores também não recebem há algum tempo. O mais irritante é ouvir as autoridades dizendo que nada disso é verdade, apesar das imagens e das declarações de funcionários e parentes dos doentes internados. Tudo isso é reflexo da péssima administração que o Estado do Rio de Janeiro vem arrasando todos os serviços (a frota de veículos da Polícia, por exemplo, está com mais da metade sucateada). Não é sem motivo que os ex-governadores Sérgio Cabral e Garotinho estão atrás das grades, embora este descalabro esteja sendo mantido pelo governador Pezão, infelizmente ainda solto. É realmente um perigo ficar doente no Rio de Janeiro.

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