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7 de junho de 2014

Será que o Brasil não tem partidos em excesso?

A máquina administrativa do Governo Federal tem hoje nada menos que 39 ministérios, entre pastas propriamente ditas e órgãos elevados ao mesmo nível. Em nenhum país deve haver tantos. Tem ministério que foi fatiado em até três. Tudo para se viabilizar a decantada "governabilidade", ou seja, para garantir apoio parlamentar. E também para futuro apoio em campanha eleitoral;

Houve quem fizesse ironia sugerindo a criação do "Ministério do Controle Ministerial" para coordenar tantas pastas. Hoje aparece a notícia informando que o senador Wellington Dias (PT-PI) acha pouco haver 39 ministérios. Ele propôs a criação do 40°, o Ministério da Questão Indígena. Se criado mais esse, outros virão no rastro;


A distribuição de ministérios a partidos políticos tem este ano mais um motivo que é a garantia de mais alguns minutos e até segundos no horário de propaganda eleitoral na TV. Um movimentado balcão de negócios é montado, criando-se uma diferença nada democrática entre candidatos;


O correto seria como em outras democracias seria a distribuição igualitária de tempo entre todos os candidatos para que mostrassem aos eleitores seus programas. Também não caberia a quantidade de partidos (mais de 30), com menos candidatos. É provável que assim o eleitorado fique menos confuso e seja mais participativo. Hoje, apenas 11% dos eleitores são filiados a um partido;


Talvez algum dia isso aconteça, mas somente para futuras gerações.

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