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4 de outubro de 2012

Lewandowski faz papel de 'defensor público' de Zé Dirceu e Genoíno

Mais uma de SponHolz, muito boa
  • Os defensores públicos de um modo geral até que recebem um bom salário nos estados brasileiros, funcionado como advogados daqueles que pressupostamente não têm condição de pagar honorários nas suas causas na Justiça. No entanto, tanto José Genoíno como José Dirceu ganharam um defensor pago pelos cofres públicos, com salário por volta de R$ 30 mil, além de mordomias e garantia de emprego até os 70 anos e salários integrais até à morte. "Estudei os autos com profundidade e não encontrei prova qualquer de que José Dirceu fosse o chefe; não há uma prova sequer de que José Dirceu tenha provocado atos ilícitos", foi o que disse o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal  (STF), logo no início da leitura de seu voto, na condição de revisor do processo do 'Mensalão do PT', deixando clara sua convicção de que, segundo ele, não existem provas que incriminem o ex-ministro da Casa Civil do ex-presidente Lula;
  • Acontece que Lewandowski não está tendo respaldo entre seus companheiros do Supremo. Os ministros Gilmar Mendes e Celso de Mello criticaram a postura dele."Houve ato de ofício", disse Gilmar Mendes, questionando se não haveria uma contradição no voto de Lewandowski, já que ele votou pela condenação de diversos réus por corrupção passiva e inclusive Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, por corrupção ativa. Já Marco Aurélio questionou se Lewandowski acredita se um tesoureiro de partido político teria tanta autonomia para fazer os pagamentos aos parlamentares, sem que José Dirceu não estivesse à frente de tudo.O ministro 'nomeado' pela ex-primeira-dama Marisa Letícia demonstrou claramente sua condição de antigo militante do PT, 'quebrando o galho' de Genoíno e Zé Dirceu;
  • Dois outros ministros já foram totalmente contrários ao 'defensor público' que absolveu Genoíno e o ex-chefe da Casa Civil de Lula. A ministra Rosa Weber acompanhou o voto do relator Joaquim Barbosa, condenando Zé Dirceu, Genoíno e Delúbio, o mesmo ocorrendo com os votos do ministro Luiz Fux. Para os dois mais novos integrantes do STF a independência da Corte está acima dos interesses partidários, mesmo tendo sido recentemente indicados e nomeados pela presidente Dilma. A curiosidade maior agora é saber qual será a posição do ministro Dias Toffoli, por suas ligações com Lula e com o PT, além de ter sido subordinado de José Dirceu na Casa Civil no tempo de Lula. Ele vai votar com independência ou será mais um 'defensor público' do principal acusado de comandar todo o esquema do 'Mensalão do PT'.

Um comentário:

  1. É lamentávelque haja partidarização até na mais alta Coorte de Juistiça do nosso pais. Inequivocamente, foi vergonhoso ouvir da parte do ministro revisor esta frase: "Estudei os autos com profundidade e não encontrei prova qualquer de que José Dirceu fosse o chefe; não há uma prova sequer de que José Dirceu tenha provocado atos ilícitos".
    Cláudio Rocha

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