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12 de abril de 2010

"Dinheiro, há"

O título acima é de um tópico da coluna dominical de Elio Gaspari na edição de 'O Globo', no qual ele critica abertamente os gastos da Prefeitura do Rio e do Governo do Estado em publicidade institucional previstos nos respectivos orçamentos deste ano. A seguir, o teor  do texto de Gaspari:

O prefeito Eduardo Paes pediu R$ 270 milhões ao governo federal para acabar com o alagamento da Praça da Bandeira.
Faria melhor destinando à prevenção de acidentes os R$ 120 milhões que separou para gastar em publicidade. Depois, pediria ao governador Sérgio Cabral que lhe desse R$ 150 milhões do ervanário de R$ 180 milhões que prende encharcar em propaganda.
Secaria a praça e sobrariam R$ 30 milhões.


Da mesma forma, o governo federal também destiou milhões de reais para sua publicidade, que já invade os canis de TV e as estações de rádio. O pior de tudo é que em todos os três casos o objetivo é um só, ou seja, dizer aos eleitores que estão trabalhando e que merecem receber votos para si ou para seus candidatos, gastando rios de dinheiro público que poderia ser aplicado em projetos que beneficiacem diretamente o povo, em vez desse desregrado culto à personalidade;

Isso é algo que precisa ser revisto. A publicidade governamental deveria ser apenas aquelas destinadas e orientar a população na utilização de serviços públicos. Nada de ficar dizendo ao povo o que foi feito. A maior propaganda que o governo pode fazer sobre o que está fazendo - o que é de sua obrigação fazer - deveria ser a própria obra ou serviço. O maior propagandista seria, então, o maior beneficiário, o povo. O recado de Elio Gaspari é muito claro. Ele prova, efetivamente. que dinheiro há. Falta ser gasto corretamente.

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